O SILÊNCIO DO ESTADO NO CASO INAGBE (DESVIADO O TRIPLO DO VALOR DA AGT)
- O Correio
- 23 de fev.
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Depois dos mais de sete mil milhões desviados pelos técnicos da AGT surgiu os mais de 21 mil milhões desviados pelo Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), cerca de 37 milhões de USD.
É o triplo do valor desviado na AGT, mas parece que o Estado e o órgãos de comunicação não pretendem dar o destaque que o caso merece.
Transferências e pagamentos sem justificativos realizados entre 2021 a 2022, introdução de bolseiros fantasmas, pagamento de mensalidade a triplicar para os familiares, entre outras irregularidades, foram detetados.
Este montante é o triplo do valor que levou à detenção de vários funcionários da Administração Geral Tributária (AGT) pelo alegado descaminho de mais de sete mil milhões de kwanzas.
De acordo com uma fonte, só em Portugal foram transferidos mais de 10 milhões de euros, através do Banco Português de Investimento (BPI), sem qualquer suporte documental. Ou seja, não há nenhum papel a justificar a despesa. E não há qualquer prova de que esse dinheiro foi enviado para estudantes.
Igualmente em Portugal, os funcionários do serviço de apoio aos estudantes receberam mais de cinco milhões de euros em remunerações, sem que fossem apresentados documentos de suporte, folhas de salários mensais e recibos. Quer isto dizer que os cinco milhões podem ter servido para pagar muito justamente os funcionários pelo seu trabalho, ou podem ter servido para pagar a funcionários que não existem – digamos, a “trabalhadores-fantasma”.
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