NOVA VERSÃO APONTA FILHO DE UM COMISSÁRIO COMO AUTOR DO DISPARO QUE VITIMOU ALUNA NO ELIZANGELA
- O Correio
- 8 de fev.
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Eu estive no local a fazer cobertura do facto. Desde o momento em que cheguei achei muito estranha a versão da suposta troca de tiros entre assaltantes e um efectivo da Polícia Nacional, como consequência de um supostos assalto fora do colégio Elizângela Filomena à Vila Alice, em Luanda.
Quando lá cheguei, a primeira coisa que procurei fazer foi constatar por onde a bala tinha passado, de fora para dentro, mas não vi sinal nenhum. Tentei entrar no colégio, mas, de imediato, fui impedido, tanto por efectivos da Polícia Nacional quanto pelo segurança da referida instituição de ensino.
Na parte exterior, as pessoas (testemunhas) que eu abordei para entrevistas, "mamaduos" da cantina ao lado e funcionários de instituições vizinhas (sem gravar entrevista) disseram que em momento nenhum viram sinais de assalto na zona muito menos barulho de tiros (pequeno largo) onde se encontra a escola, por voltas das 8 horas, por sinal, uma zona onde a segurança pública é reforçada, por ser nobre e lá residirem figuras importantes do nosso país, além da presença de instituições importantes, a exemplo da Casa 70 e outras.
Os membros de direcção do Colégio Elizângela Filomena "fecharam-se em copas", nem quiseram se quer, pelo menos, mostrar os rostos. Os familiares da menina Vitória, abalados, não quiseram tecer declarações à imprensa, compreende-se, mas os rostos, além da tristeza, espelhavam a admiração e revolta pela maneira como a pequena Vitória perderá a vida.
Horas depois, por via de uma publicação do Guilherme Da Paixao Gui tomou-se conhecimento de uma versão diferente da que a imprensa anunciara fazia furor. Conforme a referida publicação um dos colegas da menina de 8 anos, da mesma faixa etária, terá levado para a escola a arma de fogo do seu país, de quem se diz ser comissário da Polícia Nacional, com o intuito de brincar com os amigos, e na sequência, o triste, infelizmente, acabou por acontecer.
O tiro perfurou a zona lombar da menina (zona abaixo das costas ). A informação não é oficial, sim oficiosa, a única certeza de que se tem é da prematura morte da Vitória. O SIC está a investigar. Também não sabemos se as imagens partilhadas abaixo são reais, ou seja, do local onde tudo aconteceu. Oxalá, a verdade venha à tona e que os culpados sejam exemplarmente punidos! Aguardemos pelos resultados das investigações. Vá em paz, mas não descanse enquanto a justiça não for feita, guerreira Vitória!
Por: Júlio Muhongo
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